voltar a este quarto
às cortinas
à janela
às toalhas
à cama
voltar ao espelho
voltar como sempre
ao mesmo deste lugar
foi nesta hora
que quase me deixei
ser o mesmo
com os objetos do quarto.
por um momento
quase deixei o beijo
como um passado
e me lancei a dormir
o sono de olhares iguais.
por pouco não me estendi
sobre a cama como roupas
penduradas em cabide.
mas foram essas roupas
as últimas coisas iguais
agora volto
como se estivesse indo
porque a tua nudez,
a tua pele, os teus beijos,
os teus dedos, os teus abraços
o moreno do odor de teus braços
me fizeram voltar
como se nada fosse antes
às cortinas
à janela
às toalhas
à cama
voltar ao espelho
voltar como sempre
ao mesmo deste lugar
foi nesta hora
que quase me deixei
ser o mesmo
com os objetos do quarto.
por um momento
quase deixei o beijo
como um passado
e me lancei a dormir
o sono de olhares iguais.
por pouco não me estendi
sobre a cama como roupas
penduradas em cabide.
mas foram essas roupas
as últimas coisas iguais
agora volto
como se estivesse indo
porque a tua nudez,
a tua pele, os teus beijos,
os teus dedos, os teus abraços
o moreno do odor de teus braços
me fizeram voltar
como se nada fosse antes
O poema NU (nº 2) foi divulgado no blog Jornal Diz Persivo. Fico feliz e agradecido pela leitura e pela publicação. Para quem quiser visitar, clique aqui.
4 comentários:
a casa
do
regresso
[fundada
sob os
alicerces
do amor]
*abraço,
Jeffersson*
Belo poema, Jefferson!
A volta é sempre muito difícil, e você colocou beleza nela:
"agora volto
como se estivesse indo".
Hoje é seu dia, POETA!
Parabéns!
Beijos
Mirze
Ah...uma volta triunfante, cheia de intensos desejos... que bom ler seus versos...
Um beijo imenso, poeta.
você volta ao tema, eu volto ao seu
blog
você - seu sujeito poético, seu personagem poético - reencontra o quarto...
eu reencontro seus versos
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