21 de jul. de 2012

POEMA NU nº 3


se distancia, mais longe embaça 
a distância não engana
depois da fumaça não te busco 


em ar de sombras te vejo certo
na visão que em mim te oscila
em linhas que molham ao longe


sobre a cama se deitam os olhos
por dentro d'água as mãos
por entre os vidros tua nudez


indo e vindo tão lento aos olhos
eu, deitado, não te vejo incerto
te vejo plenamente em banho



AGRADEÇO À AMIGA MIRZE PELA DIVULGAÇÃO DESTE POEMA (NU Nº 3) EM SEU BLOG. PARA VISITAR, CLIQUE AQUI.

2 de jul. de 2012

HOJE VOU ESCREVER LUA



nova que passa e vai
cheia de prata e azul
míngua de noite e de mim.
crescente sem trabalho
sem vontade de ser vista
sem força, brilho, fantasia.
sem, a lua sempre sem
que nem sabe que vem
e não sabe que é sem.
mas não sei em que vento
parei, em que curva estacionei
mas hoje vou escrever lua
será sem também,
sem querer outra coisa
a não ser isto
(palavra prata que não para)