24 de abr. de 2013

CARNE E VENDAVAL DE CARNAVAL I

Esta é a primeira postagem do grupo de poemas que se chama "Carne e Vendaval de Carnaval".  Os poemas receberão a etiqueta com o mesmo nome.




foi pelos lábios abertos
que se abriu
a rua.
foi pelo céu do contentamento
que começou 
a dança.
foi pelas mãos erguidas
das pessoas
que se abriu a noite.
mas nisso tudo ainda há
o sorriso.
foi certamente por ele
que tudo se abriu
e juntos nós entramos.
agora dentro do sorriso
ninguém quer sair
ninguém pode fechar




4 de abr. de 2013

NU Nº 4



a nudez clareia sozinha
quantas vezes me disse
se não houvesse roupa 
não haveria nudez alguma,
que o tecido de desnudar
veste a existência da nudez.

sua voz quando isso diz
se esconde, se esquece
de ver nos olhos a centelha
do corpo em simples ver.
veja: não vela nem desvela
a nudez se desnuda sozinha.