quando acorda um poema
nos olhos pisca o contentamento
com presente densidade entra
o abraço entre o rosto móvel
de sua boca sopra o som certo
e no quarto aviva nossa insônia.
o verso desperto se põe de pé
erguidos queimamos feito vela
vejo a sua hora de sair
o poema se fez,
a vigília vai embora
de outro lugar vem chegando o sono
vem vindo me falar,
adormecer