baixos e altos passam os desejos
pelo tamanho de corpos que vejo.
por entre tantas pernas e braços
como seguir apenas em um barco?
sempre aos olhos andam os traços
em muitos sinais morenos, espessos.
dentre as várias pessoas na rua
como poder idealizar uma?
só percebo em você a roupa que entra
se a hora do dia esfria ou esquenta.
mas sempre se desnudam aos olhos
nossos corpos fáceis que descem lisos.
por que todos os dias as pessoas
não se levam a sonhar em todas?
***
O poema de Rogel Samuel para Jefferson Bessa:
porque a beleza estáno imaginar
a imaginação é minha
dentro de mim
o que está fora é uma sombra
a sombra de uma sombra
como na caverna de platão
somos sonhos
os corpos passeiam pelos sonhos
pelo que somos
a lembrar