bebem sempre da última gota
vão ao fundo do copo
ao fundo do que poderia vir
até acabar do que restou.
bebem do que virá
de todo porvir
de todas as hipóteses
secam o chão
a rua, o mar
e tudo paira plano.
depois de desertar
enchem de vazio
como faz um trator,
como as máquinas voadoras
vigiam sufocadas
as alturas de dominar
pensam sempre antes
mas sempre no antes do antes
esgotam um pensamento
até o pensamento os esgotar.
tiram tudo de todas as coisas
depois, deitados, ainda esperam
a drenagem do esgotamento.
chegam a muitos caminhos
e caminham até o fim
até onde o fim se faz parede
vão ao fundo do copo
ao fundo do que poderia vir
até acabar do que restou.
bebem do que virá
de todo porvir
de todas as hipóteses
secam o chão
a rua, o mar
e tudo paira plano.
depois de desertar
enchem de vazio
como faz um trator,
como as máquinas voadoras
vigiam sufocadas
as alturas de dominar
pensam sempre antes
mas sempre no antes do antes
esgotam um pensamento
até o pensamento os esgotar.
tiram tudo de todas as coisas
depois, deitados, ainda esperam
a drenagem do esgotamento.
chegam a muitos caminhos
e caminham até o fim
até onde o fim se faz parede
foto sem crédito encontrada na rede
7 comentários:
Lindo, lindo, lindo!
Com que propriedade você trata esse tema tão cativante!
Adorei, querido Jefferson
Interessante tema, meu amigo, gostei do poema!
Beijo, bom fim de semana!
devem ser os filósofos, amigo, os esgotados, os fatigados do pensar
muito bom
Espetacular, amigo! Um poema que não se esgota...
Beijos de bom fim de semana.
Me faz pensar nos egocêntricos, nos que só pensam em si mesmos. Mas cada leitor lê um poema, não é mesmo?
Beijo, amigo Jefferson.
quando contra a parede estamos
passamos dias meses anos
cutucando o insano
processo de ir e vir
saia daí paranóia
a parede pode estar
em qualquer lugar
Gostei imensamente. Muito muito muito, não posso deixar de enfatizar.
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