não fico como quem olha da varanda
como quem fica somente com o meio
com a linha da sombra na parede
que me divide o sol matinal
me repartindo a manhã
metade dentro, outra fora
desço as escadas, abro a porta
fico com o corpo todo descido
do lado de fora assim deitado
sob a luz que escorre e afaga
me tira a roupa e comigo sorri
como quem fica somente com o meio
com a linha da sombra na parede
que me divide o sol matinal
me repartindo a manhã
metade dentro, outra fora
desço as escadas, abro a porta
fico com o corpo todo descido
do lado de fora assim deitado
sob a luz que escorre e afaga
me tira a roupa e comigo sorri
e correndo vem a hora nos encontrar
*foto sem crédito encontrada na net
9 comentários:
Jefferson, entre a perspectiva da varanda e a descida, a poesia escolhe a entrega às horas, ao dia, à luz "que tira a roupa". Boa opção!
bjs.
Poesia é assim, sempre a expectativa do que a vida tem de melhor, ou do modo mais espontâneo de ser e de viver. E nisso você é mestre, Jefferson.
Um beijo.
Um satisfação receber o comentário de duas poetas. Grato pela leitura. Beijos.
jefferson, o que a sombra divide em ti impulsionas a
d
e
s
c
e
r
ao inteiro.
b
e
l
o
É BEM VC, ESSE POEMA, BELO E AO SOL
"Ler um poema diariamente é tão necessário quanto dormir e acordar todos os dias. "
Gostei disso! E concordo!
Virei mais vezes aqui, pode crer!
Beijos.
Nota: o poema começa com um "não", no entanto é afirmativo; especial.
"movimento
perpétuo"
[não sei porquê
mas à memória
veio a música
de Carlos Paredes]
Mt bom, Jefferson!!!!
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