1936
Deste pouco de tinta
Espalhada na folha
Se ergue sobre linhas
Arqueada de corpo
Esta imensa duna.
Aqui vai se compondo
Em lento movimento
De letra a letra
Abrindo vazios
Assim ocupados
Por verso contínuo
De fragilidade
Que se firma sempre
Em intermitência.
Por entre grãos
A duna sobe.
Palavra reta
Na superfície
Das várias curvas
Então alinhadas
No cruzamento
Vertical
No horizonte
Curvilíneo,
Percorrendo
Lá e aqui
Nos declives.
Não há jeito:
Se move
Agora
A duna
Escrita
Aqui.
contudo
se vê:
é
pó
es
va
in
do
se
Espalhada na folha
Se ergue sobre linhas
Arqueada de corpo
Esta imensa duna.
Aqui vai se compondo
Em lento movimento
De letra a letra
Abrindo vazios
Assim ocupados
Por verso contínuo
De fragilidade
Que se firma sempre
Em intermitência.
Por entre grãos
A duna sobe.
Palavra reta
Na superfície
Das várias curvas
Então alinhadas
No cruzamento
Vertical
No horizonte
Curvilíneo,
Percorrendo
Lá e aqui
Nos declives.
Não há jeito:
Se move
Agora
A duna
Escrita
Aqui.
contudo
se vê:
é
pó
es
va
in
do
se
8 comentários:
Jefferson, obrigado por seguir ao Caminho do Escritor.
Entrei em suas duas páginas e não resisti em seguí-lo, o que me fez inclusive incluí-las como links.
Seu poema é forte; transmite a verdade do que se diz, e tem um ritmo que nos dá um movimento que acaba por criar imagens incríveis. Sem falar nas formas que os modela.
Meus parabéns, foi bastante confortável estar por aqui.
Abs
Sady
tem um ritmo e uma beleza que me emocionou.
beijos,
maria
sua duma é de areia, tempo, ampuleta, vida, esvaindo-se, indo
Como o trabalho do vento...
Beijo
Fico muitíssimo agradecido pelos comentários. Sinto a presença da leitura de vocês.
Um forte abraço em todos. Obrigado.
Jefferson.
Lindo poema de movimentos ondulantes na curvatura das palavras, letra a letra delineando uma "imensa duna".
Um beijo
arco
e
flecha
[cravado
no deserto
da folha]
*abraço*
E desse pó novas formas se compoem.
bjs
Postar um comentário