vejo nos dias a luz se apagando
no piscar incessante dos olhos
que descansam assim sozinhos
a ardência servil de observar,
o trabalho de acender a alma
no piscar incessante dos olhos
que descansam assim sozinhos
a ardência servil de observar,
o trabalho de acender a alma
descansam na presença de esquecer
clarão visto em lentas vezes
por entre os cílios se ofusca
se acende feito constelação na noite:
feito quando os raios escalam
o horizonte pelo céu na manhã
no aceno de alongar as sombras
enquanto tudo se abre e se fecha
sei do piscar de olhos na rasura
a esboçar o que por mim passa
clarão visto em lentas vezes
por entre os cílios se ofusca
se acende feito constelação na noite:
feito quando os raios escalam
o horizonte pelo céu na manhã
no aceno de alongar as sombras
enquanto tudo se abre e se fecha
sei do piscar de olhos na rasura
a esboçar o que por mim passa
foto encontrada na net sem créditos
5 comentários:
Jefferson, coisas simples se tornam singulares diante de seus poetas olhos, "feito quando os raios escalam/o horizonte pelo céu da manhã/no aceno de alongar as sombras". O que é esboço só o é por humildade, pois na verdade, sob sua premissa, o poema nasceu cunhado.
Forte abraço!
Pensei em destacar os mesmos 3 versos que estão no comentário acima, mas voltei a reler o poema e pensei que ele vale ser destacado em sua totalidade.
ainda que não pareça, é mais um poema-corpo de sua autoria, repleto de erotismo e "acender", "clarão", "ofusca". abraços
belíssimo, jefferson. quando o poeta olha a vida - num piscar de olhos, a vida é poema - onde a beleza, senão nos olhos... beijo.
Gostei!!!!! Achei terrivelmente dolorosoa "ardência servil de observar" !!!!
Postar um comentário