todo lugar vira outro
todo lugar vira outro.
quando chego já me retiro.
ou quero voltar. ou ir.
ou quero chegar. ou ficar.
é tão absoluto ficar onde não-fico -
solto-me do lugar e
na estabilidade de onde
não-chego
é que chego
o sempre transportar
ultrapassar portas
soltar–me de todas elas
subindo rampas
pontes e viadutos.
subo escadas
da minha subida no subir
a sempre dar saltos
saindo e entrando
pelo lugar que é outro.
contudo o lugar-outro
é tão correto, tão ele mesmo
que me retiro
e me vou para outro
eu e lugares independentes
desligo-me
faço estar onde não-estou
7 comentários:
O estar que transmuta mesmo que nao seja visto, que não fique... Mesmo indo, acontece o que é pra ser.
Sempre contigo.
Beijos...
o não lugar: onde se vive a não vida e o não sonhar - morada de tantos.
um abraço, Bessa.
Obrigado pela visita Bessa, valeu!
DE inquietação e Busca...
Um prazer Lê-lo ...
Abraço
_________ JRMARTO
Nossa, q poema legal, Jefferson!!!
Adorei!!!!
o lu(g)ar
habitado
[fresta
rompendo
o corpo]
*abraço*
somos sempre um(a) outro(a) a cada instante no espaço e no tempo...
beijo e muito obrigada pela visita
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