quis o nunca visto – o nunca conhecido.
é como olhar o profundo de um poço;
não ver, mas saber – lá está ele.
e quis assim conhecer o desconhecido
ainda assim desci ao profundo
escalando todas as paredes doentias
em novas loucuras de pedregulhos
desci na busca do novo desconhecido
mas encontrei e conheci o fundo
me perguntei com o corpo já boiando
se na verdade nadei em águas estranhas
uma vez que cheguei, vi o desconhecido
sorri e voltei à borda do mesmo poço
e neste lugar ficarei para não mais sair
o que se desconhece deixarei lá onde está
simples: existe no ser desconhecido
agora desaparece por inteiro esta palavra
nem posso mais escrevê-la, nem dizê-la
– quando dita diz sua morada
é como olhar o profundo de um poço;
não ver, mas saber – lá está ele.
e quis assim conhecer o desconhecido
ainda assim desci ao profundo
escalando todas as paredes doentias
em novas loucuras de pedregulhos
desci na busca do novo desconhecido
mas encontrei e conheci o fundo
me perguntei com o corpo já boiando
se na verdade nadei em águas estranhas
uma vez que cheguei, vi o desconhecido
sorri e voltei à borda do mesmo poço
e neste lugar ficarei para não mais sair
o que se desconhece deixarei lá onde está
simples: existe no ser desconhecido
agora desaparece por inteiro esta palavra
nem posso mais escrevê-la, nem dizê-la
– quando dita diz sua morada
uma palavra sempre diz sua existência
foto sem crédito encontrada na net
5 comentários:
penso ser extraordinásrio este poema, principalmente para mim, que sou seu leitor fiel admirador de sua poética única e original
AMIGO, como fico feliz e agradecido pela sua bela presença! Uma honra para mim ter um amigo como você. Abraço.
Original e estranhamente belo seu poema, Jefferson. Sempre vale a pena te ler.
Abraço amigo
Esse ser desconhecido que um dia encontramos... e assim, nos espantamos com a poesia...
Um beijo
Chris
Me fez lembrar Gil:
"Beira do mar, lugar comum. Começo do caminhar. Pra beira de outro lugar. Beira do mar, todo mar é um. Começo do caminhar. Pra dentro do fundo azul ... "
Estamos mesmo todos sempre a um passo do desconhecido.
Gostei muito, Bessa. Beijo.
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