ser uma antena,
não a de casa
não a que cobre
grandes regiões
ser um satélite,
não o dos espaços
que vive o centro
como grande astro
com minhas mãos
tenho dez antenas
com minha língua
tenho apenas uma
com meus olhos
tenho duas antenas
como tenho duas
com meus mamilos
meu corpo acende
agora nesta hora:
meu dedo plugado
a um raio de sol
6 comentários:
Totalmente antenada nos versos...
Beijo carinhoso.
Fantástico, Jefferson!
Realmente, até na pela devemos possuir antenas que captam sentidos e sentimentos do mundo.
O tato, a audição e o sabor, são antenas, plugadas ao cosmo!
Lindo isto!
Adorei!
Beijos
Mirze
Tão bonitas imagens, antenas poéticas.
Beijo, Jefferson.
Que erotismo suave, hem, Jefferson? Estes versos são muito sugestivos mesmo: "meu dedo plugado/ a um raio de sol". Esse sol, a meu toque, deve ser a mesma a estrela que Bandeira tanto perseguia (a "perseguida"?). Valeu, poeta, pelo toque.
na frequência
certa
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