seus olhos de papel têm
uma vida plana de não ver.
por que esqueceu o rosto
e me trouxe em estampa?
quando o vejo se vaporiza
se tento lembrar se espalha
se perde como na textura lisa
da foto que hoje já está velha
não há marcas nem cicatrizes.
por que não deixar o rosto
ondular, crescer feito um monte?
o que há em você está plano
um pampa nos panos da pele
uma vida plana de não ver.
por que esqueceu o rosto
e me trouxe em estampa?
quando o vejo se vaporiza
se tento lembrar se espalha
se perde como na textura lisa
da foto que hoje já está velha
não há marcas nem cicatrizes.
por que não deixar o rosto
ondular, crescer feito um monte?
o que há em você está plano
um pampa nos panos da pele
sem relevo, preso a um muro
*foto sem crédito encontrada na net
8 comentários:
Uma musa artificial, sem cicatrizes, em que tudo está reto e com olhos papel. Intrigante..
bjs.
Que poema tocante. Fiquei lendo e relendo os versos finais: "um pampa nos panos da pele
sem relevo, preso a um muro".
O caráter e a inteligência podem impressionar as pessoas, mas é o amor que damos a alguém que nos faz brilhantes e inesquecíveis
Boa semana
Bjs
Como ficar com aquilo que a um toque pode se rasgar, queimar, ser tão memória do que já foi presente, palpável?
Seu poema é formidável, profundo, amei.
Gostei muito da escolha das palavras, dos versos e da disposição das estrofes!!! E o resultado final foi ótimo!!! Parabéns, Jefferson!!!
Muito bom! Excelente soneto...muito carregado e cheio de visões...
[]s
Muito grata pela visita, adorei seu blog.
Beijo.
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