desço
ao plano das águas salgadas
mas não as dos mares
levanto o copo da boca
ao brilho
do suor do corpo
erguem-se os braços
desnudos
me lavo em branca espuma
no alto
firma minha mão
num músculo alheio
a hora encharca,
o que tange se agita
ao plano das águas salgadas
mas não as dos mares
levanto o copo da boca
ao brilho
do suor do corpo
erguem-se os braços
desnudos
me lavo em branca espuma
no alto
firma minha mão
num músculo alheio
a hora encharca,
o que tange se agita
vou cavando os dedos
pelo chão da pele
revolvo essas terras
suadas em que chego
6 comentários:
VOCÊ É O MESTRE DO EROTISMO EM ARTE
QUE ALEGRIA A SUA VISITA. OBRIGADO.
Jefferson,
sua exploração de ritmos deu à dança, que o tema exigia, versos bem tecidos. Sua poesia é sempre cheia de poemas que nos aferem o sentir. Espero estar sempre apto a os captar.
Forte abraço!!!
pres.sente-se
o movimento
tectónico
[que fende
o subsolo
da
pele]
*bom-fim-de
semana*
Eroticamente lindo, ou lindamente erótico? Os dois, Jefferson.
Beijo.
Tenho a tendência para me deter em expressões magnifícas. Fiquei presa na expressão "a hora encharca": perfeita!
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