só compreendo um muro
vendo o homem primeiro
sentado em meio aos montes
- em abrigo receoso
só compreendo um muro
se vejo esse mesmo homem
pisando a marcação
na vertigem das posses
só compreendo um muro
pelo medo nostálgico
do homem que via o sol
se pôr antes da noite
só compreendo um muro
se a guarda do que é cerco
fecha-se atrás das costas
vendo o homem primeiro
sentado em meio aos montes
- em abrigo receoso
só compreendo um muro
se vejo esse mesmo homem
pisando a marcação
na vertigem das posses
só compreendo um muro
pelo medo nostálgico
do homem que via o sol
se pôr antes da noite
só compreendo um muro
se a guarda do que é cerco
fecha-se atrás das costas
e arrasta um deus pesado
(Jefferson Bessa)
8 comentários:
fortemente visual sua compreensão do muro e do limite , sempre postura, território, isolamento...
Apreço Poeta !
Abraço
_______ JRMARTo
Lindo poema...
Eu soh compreendo um muro...
... Será que eu só compreendo um muro se o muro parar a mim?
Abraço,
BG
excelente muro o seu, amigo, que me cerca de prazeres estéticos...
Quem pensaria e seria capaz de dizer um muro assim, se não fosse poeta?
Lindo, Jefferson.
Bem interesssante essa percepçãp poética do significado do muro. Gostei. Beijo.
Já inserimos alguns dos seus poemas no Antologia Bloética. Esta antologia se propõe a compilar poetas que divulgam exclusivamente seus poemas em blog. Sabendo que alguns possuem obras publicadas em livro, ainda assim agregaremos esses autores com a condição de que os poemas selecionados tenham sido publicados na rede. Bem-vindos ao blog dos "bloetas!!!
Agradecemos a credibilidade e a disponibilidade.
Muito grato!
Certamente uma honra para mim tê-los por aqui. Muito obrigado, amigos!
Um grande abraço.
Jefferson.
Eu ainda não compreendo o muro... Beleza de poema, Jefferson. Abraços
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