voltamos juntos
da noite de carnaval
acendemos velas:
a baixa luz se ergue
o corpo acende
agora se vê:
a parafina brinca
o pavio queima
beijamos muito
no quarto iluminado
brincamos feito serpentina
agora se vê:
vamos descendo
agora se vê:
o branco das velas
descendo úmido
no aroma ascendente
dos corpos
noites de carnaval, noites - poema de Rogel Samuel
(para Jefferson Bessa)
noites de carnaval, noites
de ruidoso amor
o baticum dos tambores
africanos
os humores eróticos
os tremores requebrados
passistas apressados
nas noites de antigos
carnavais
perfume de lança-perfumes
inebriantes
fontes
danças de estrelas
na batalha de confetes
requebros noturnos
ruas apertadas
portas abertas
noites de carnaval, noites
de luar
4 comentários:
os amores de carnaval são os melhores, com serem efêmeros são festivos, e por serem carnaval já dizem da "carne", das festividades da emoção desfreada
São as melhores e as mais plenas. Levo estas noites para todas as noites.
Grande abraço, Rogel!
Jefferson.
obrigado pelo publicação e por aceitar meu poema-réplica
Rogel, fico muito grato por abrir esse diálogo.
Grande abraço.
Postar um comentário