as cores se abrem do corpo
aberto para mim, para quem o vê.
de súbito, eternamente acordo
à verdade de quem deve abrir-se
não sou eu, nem nós, nem ninguém
porque se quero desfolhar alguém
vejo qualquer coisa inexistente
nem como rosa, nem como cravo
hoje nada arrancarei de sua pele
não perderei, nem perderá um pelo.
sentará frente a mim de corpo nu
e aos meus olhos, sim, libertará
a minha visão já esquecida de mim
para só ver e ver um corpo vivo
Poema escrito após a leitura de um poema de Juan Ramón Jiménez lido no blog Viva a Poesia de Silvio Persivo, que também publicou no mesmo blog este poema que escrevi. Para ler clique aqui.
8 comentários:
Gostei de ler este seu poema.Será que poderei colocá-lo um dia destes no meu blogue?
Será um grande prazer participar de seu barco de poemas, Amélia. Fique à vontade. Grato pela visita.
Um grande abraço, amiga!
Jefferson.
ver pulsante o verde vivo
viva em mim o que é ativo
viva o neutrôn e o próton
viva o átomo eterno
viva o vivo
e viva o morto
pois o morto também
vivo
alimenta os vermes
desse jazigo
Ah... eu gosto muito... uma delícia te ler, Jefferson.
Bom fim de semana, querido.
Um beijo carinhoso.
Bonito aflorar, despertar da carne.
Beijo!
Belíssimo poema, Jefferson!
Aproveitemos enquanto existem corpos humanos vivos. E os sentimentos afloram como no poema de Neruda!
Muito em breve posarão para a arte robôs, ao invés de corpos humanos e vibrantes.
Bravíssimo, Jefferson!
Beijos, poeta!
Mirze
desfolhar
a árvore
dos sentidos
[o eu con.funde-se
nessa paleta]
*abraço, Jefferson.
fica bem*
Poema-imagem de grande beleza, Jefferson.
Beijo
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