que a cavidade escancara
não é de vidro ou plástico
mas daquela malha das bocas
que resiste aos altos graus
do que entorna
sem agravo qualquer
apenas abrir os lábios
na finura de um céu aberto
que bem aos poucos sente
derreter feito a alvura de nuvens
quando do alto vêm molhar
apenas santamente abri-la
como quem se abre ao cálice
ou como quem brinca de abri-la
embaçar a janela num dia de chuva
para escrever e apagar
resvalar por bocas variadas
valer-se dessas águas quentes
cópula dilatada que desliza
aos dentes, à língua
ao palato duro, ao mole
ao céu, ao alto:
abóbadas da boca
não é de vidro ou plástico
mas daquela malha das bocas
que resiste aos altos graus
do que entorna
sem agravo qualquer
apenas abrir os lábios
na finura de um céu aberto
que bem aos poucos sente
derreter feito a alvura de nuvens
quando do alto vêm molhar
apenas santamente abri-la
como quem se abre ao cálice
ou como quem brinca de abri-la
embaçar a janela num dia de chuva
para escrever e apagar
resvalar por bocas variadas
valer-se dessas águas quentes
cópula dilatada que desliza
aos dentes, à língua
ao palato duro, ao mole
ao céu, ao alto:
abóbadas da boca
4 comentários:
Sensual... resvala na alma...
Beijo carinhoso.
Lindo poema sensitivo e de mistura de linguagens.
Beijo, amigo!
Um mestre, você, Jefferson.
Abraço grande.
bravo poeta
como sempre bom de ler e certamente o intraduzível
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