pernas cruzadas
logo que chegou ao bar
seu corpo pediu todos os olhares
mas num instante o vi falecer
embaçar.
o corpo que não transpira
derrete
para se fixar em poses.
e assim foi.
sentou-se à cadeira
de pernas cruzadas
e de tão embaraçadas
as pernas se fizeram
grandes bengalas
que assim carregam
a beleza que pesa
e que arrasta no rosto.
ah... mas se este corpo
chegasse
sem dar ares ao cheiro...
se este corpo
escorresse
a água da pele
pelo salão
e borrifasse às minhas narinas...
5 comentários:
Um corpo estranho que se recusa a transpirar...
Da timidez à inacção!
L.B.
Adorei, Jefferson!!!! As pernas cruzadas que viram bengalas foi demais!!!!
Quando o corpo atrapalha...
Abraço, Jefferson
Quase uma cena de cinema, Jefferson. Gosto demais de poemas neste tom. Abraço, bom fim de semana!
A eterna atracção que exerce um simples cruzar de pernas...
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