meus pés amanheceram hoje mais cedo mais além
do nosso sexo ontem à noite
meu passo acelerado pela casa me traz de repente agora
esta fotografia feita há três dias:
de pé fiz esta pose sem rosto - ombros e peitos estufados
de um corpo bajulador
cedo lavei todo o odor de sua mão que me passou no descanso e
do nosso sexo ontem à noite
meu passo acelerado pela casa me traz de repente agora
esta fotografia feita há três dias:
de pé fiz esta pose sem rosto - ombros e peitos estufados
de um corpo bajulador
cedo lavei todo o odor de sua mão que me passou no descanso e
no declive visível de meu pescoço
pensei – me lembro - na passagem e assim me coloquei inteiro
na clareza da escada do tempo
sob a capa do breve e do imperecível o simples vira uma pedra
pensei – me lembro - na passagem e assim me coloquei inteiro
na clareza da escada do tempo
sob a capa do breve e do imperecível o simples vira uma pedra
polida feito uma ideia sem saída do lugar
e minha pele se assassinada ficará ao servil de um espectro
que um dia a fez instrumento
agora já estou na cama - sem a volta - e ficarei até anoitecer
sob o lençol úmido de seu rio
e seu dedo na firmeza crescente por entre dentes já sinaliza a
e minha pele se assassinada ficará ao servil de um espectro
que um dia a fez instrumento
agora já estou na cama - sem a volta - e ficarei até anoitecer
sob o lençol úmido de seu rio
e seu dedo na firmeza crescente por entre dentes já sinaliza a
face do mamilo trêmulo em minha língua
4 comentários:
Estes poemas são para um próximo livro, não é Bessa? Espero que sim. São lindos. :)
Abraços.
seixo
liso
[imerso
nas
correntes]
*abraço,
amigo*
Jefferson, cheguei aqui vinda do blog da Nydia, e estou realmente impressionada com seus poemas, com a densidade e beleza deles. Achei particularmente interessantes os "poemas-corpo" e a explicação que deu sobre eles. Pretendo retornar, para ler mais, com a atenção que merecem. Abraço e parabéns.
o poema, difícil, é belo e ousado, extraordinário
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