deslizo a nudez de muitos corpos
desenrolo olhares na audição do traço braçal
e ando por muitas pernas
delineando todas as partes com o dedo - como quando se pinta cores
me agarro em muitas mãos e as passaria no corpo
como as águas descem
como um escultor por mil vezes sentindo a pedra
se esqueça de mim sem pose
quem vê é o corpo do meu olho rolando como pedras
submersas ... soltas
neste rio
Fotografia de David Myers.
8 comentários:
belo poema sobre as mãos e pernas e corpo do "traço braçal", o corpo num rio e em pedras fotográticas
belo blog, te sigo!
grande "escultor" de pensamentos!
Abraço
è sempre um prazer ler a sua poesia , e este poema corpo também não foi excepção .
um abraço
_________ JRMARTO
aguarela
de
[misteriosas]
correntes
*abraço*
Rodin... :) Beijo
Muito obrigado pela visita de todos. Um forte abraço.
Jefferson.
Belíssima imagem poética!
"se esqueça de mim sem pose
quem vê é o corpo do meu olho rolando como pedras
submersas ... soltas
neste rio"
O sentir é o que importa; o toque.
Os olhos não precisam visualizar o corpo acariciado, basta que o corpo o sinta.
Excelente!
Um abraço.
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