já havia morrido quando nasci
o rio que atravessou a infância
mas ainda assim ficava a olhar
a língua escura que ali corria
restaram os contos de um dia
que nos escorriam em banho
as crianças ao pé do rio morto
miravam o céu à espera da chuva:
seria o encontro das fortes águas
arrastaria as mortes flutuantes
mas a chuva veio e miramos o rio
e ficamos na água azul das alturas
movimentamos o céu por vezes
na enchente das sílabas de águas
as crianças entre o céu e o rio
nunca se banharam rio a dentro
já havia morrido quando nasci
o rio que atravessou a infância
o rio que atravessou a infância
mas ainda assim ficava a olhar
a língua escura que ali corria
restaram os contos de um dia
que nos escorriam em banho
as crianças ao pé do rio morto
miravam o céu à espera da chuva:
seria o encontro das fortes águas
arrastaria as mortes flutuantes
mas a chuva veio e miramos o rio
e ficamos na água azul das alturas
movimentamos o céu por vezes
na enchente das sílabas de águas
as crianças entre o céu e o rio
nunca se banharam rio a dentro
já havia morrido quando nasci
o rio que atravessou a infância
8 comentários:
adoro ler seus poemas de jefersonpara jeferson ,quando puder veja os meus
Obrigado, Jeferson. Seja sempre bem-vindo. Abraços.
Jefferson.
é uma elegia do meio ambiente, da degradação dos rios, da terra, os antigos rios transformados em vala negra, é a elegia da Terra
oi jeffinho, to te seguindo hein!!! Bjs Rafael/Gerson!
Um cântico...
Beijo carinhoso.
Belo, querido Amigo.
Beijo,
maria
Bonita essa homenagem à natureza, ou como diz o Rogel, essa elegia.
Grande natal e ainda melhor novo ano, Jefferson.
De:lupussignatus signatus
vital
corrente
[a que aqui
nos revelas]
Postar um comentário