entre os pés e a terra se caminha
esqueça, portanto, à porta de casa
o cadarço, os sapatos, as meias
caso não queira ser levado sem saber
a caminhos que nunca se sentiu
deixe cair por terra os pensamentos
que ultrapassam as veredas dos pés.
fique descalço como quem fica nu
não acredite nos passos posteriores
nem nos anteriores aos seus pés
todos se cansam rápido do caminho
que fora do corpo dizem existir.
muito se disse sobre as avenidas
no entanto, à medida que se aprende
detestável é o percurso que se sabe
não se lembre dos passos além
não se deixe levar pelos rastros
num dia vão verá que a passagem
terá sido aquela que nunca pisou,
que nunca esteve aos seus pés
Recebi um email de Ronaldo Nunes. Grato pela leitura e pelo comentário. Reproduzo-o no blog:
9 comentários:
pé ante pé
piso aqui devagarinho
pesado este fardo
de caminhar através da vida
Me sinto tão bem quando venho aqui... sempre uma nova passada... novos passos...
Um beijo carinhoso.
FELIZ NATAL, poeta, para você e os seus.
O poema se desprende, passa uma sensação boa sem forçar a barra, apenas anunciando um caminho que não sabemos qual, mas que se mostra encantador para descobrir.
Gostei muito, amigo.
Beijo!
Muito interessante, Jefferson!
Fui sentindo uma sensação de alívio, à medida que lia o poema...
Maravilha!
Aproveito a visita para deixar-lhe meus votos de Feliz Natal!
Grande abraço...
Pés e espírito assim livres e inovadores - uma bela metáfora, Jefferson.
Beijo pra você, e um 2011 cheio de poesia.
Que os pés descalços e a alma nua nos guiem os passos.
Feliz 2011, Jefferson,
bjs.
pedrada nos aquens!
Feliz Ano Novo, Jefferson!
Que a Poesia nunca o abandone!:)
beijo,
***
pé
firme
[planta
que nunca
se cansa]
*adorei*
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