noite cansada
abateu-me uma grande fadiga
sono mal dormido
versos e versos se passaram antes de dormir.
queria moldar o poema a uns versos felizes
poderia estar aqui falando de outros tristes
contudo, meu sono também não teria dormido bem.
fui imperativo ao escrever os versos
quis fazer de todos muitas linhas ditosas
imaginei mostrá-los como se deles prosperassem
como se neles se inscrevesse a felicidade
preparei a conversão possível
revirei de muitas maneiras as venturas sintáticas
vocabulares imagéticas sonoras
venturas estruturais no pensamento, nos tropos
catei por todos os cantos: partes
qualidades elementos porções quantidades
sobre mim desceu o dever de fazer uns versos felizes
não violar jamais esta necessidade
mas fiquei por essas linhas tão embaraçado
que pendente, pendurado fiquei
na corda em que estava embrulhado
por isso no cansaço permaneço
ainda moldado aos versos felizes
à noite não vi em nenhum instante brilhar o poema.
vista em noite mal dormida
a satisfação se tornou desta vez imperiosa
8 comentários:
queria fazer
um poema feliz
um poema feliz
um poema feliz
não fiz
Também sentia um enorme cansaço quando escrevi estes versos, Bessa. beijo.
próspera
insónia
[a que se
insinua
na tela
do pensar :]
*abraço,
amigo*
Vítor
Querida Nydia, fico muito contente por ter deixado aqui seu poema. As nossas vozes na mesma sintonia. ;-)
Um beijo. Obrigado.
Vítor, saudade de seus comentários.
se a vigília despertar um poema
toda insônia vale a pena.
:-)
Obrigado, amigo.
Grande abraço.
Cara eu gostei da maneira como conduziu a tua insônia poética. Gostei também do layout do seu blog, talvez pelo quanto se parecesse com o do meu, talvez por ser um tanto Narciso que sou, talvez pela imperiosa conduta. Gostei.
Abraço do Jefhcardoso do melhor http://jefhcardoso.blogspot.com de todos os tempos.
Um embate: maravilha!
Jefhcardoso, seja bem-vindo. Obrigado pela visita. Abraços.
Sim, Gerana, o imperativo sempre traz o embate ;-)
Obrigado pela leitura.
Jefferson.
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