retomar aquele verso no agora da manhã
mas ontem havia sol, hoje está nublado.
talvez não fosse ele pouquíssimo
como quando se afirma que um verso é
menos belo que um outro do poema.
fosse pouco, tivesse escrito ou ressurgido
o verso-ontem não relembraria o de agora.
era ele mais solar, de alta temperatura.
o de agora amanheceu nevoento, quente
sem chuva, um outro verso de momento.
talvez seja ele pouquíssimo
tão pouco quanto o pouco da lembrança deixada.
e me diz:
“retido no tráfego do corpo”
dizia outra coisa? ou era ele assim?
já é um outro.
ânimo do poema de agora só querer ouvir
com tímpanos doloridos o que fez do que não se fez,
mas ontem havia sol, hoje está nublado.
talvez não fosse ele pouquíssimo
como quando se afirma que um verso é
menos belo que um outro do poema.
fosse pouco, tivesse escrito ou ressurgido
o verso-ontem não relembraria o de agora.
era ele mais solar, de alta temperatura.
o de agora amanheceu nevoento, quente
sem chuva, um outro verso de momento.
talvez seja ele pouquíssimo
tão pouco quanto o pouco da lembrança deixada.
e me diz:
“retido no tráfego do corpo”
dizia outra coisa? ou era ele assim?
já é um outro.
ânimo do poema de agora só querer ouvir
com tímpanos doloridos o que fez do que não se fez,
este aqui é o ontem de um verso
10 comentários:
Um verso tem alguma coisa de fruta - se ontem estava de-vez, agora amadureceu e é outra.
Beijo pra você.
Que comentário saboroso, Adelaide! Obrigado pela leitura.
Beijos
Jefferson.
sua poética está cada vez melhor
vc está encontrando um estilo
próprio, uma forma toda sua
que só os bons poetas a conseguem
gosto desta forma poética tão especial.
um modo seu.
beijos, mariah
Rogel, recebo seu comentário com grande consideração e carinho. Abraço, amigo.
Feliz por você ter gostado. Obrigado pela leitura, Mariah.
Beijos
Jefferson
É preciso esperar o tempo do verso... Eu, Jefferson, confesso que costumo colhê-los verdes e me arrependo. Que sabor teriam se amadurecidos? Um dia eu aprendo e colho versos, como quem colhe fruto maduro de manhã, calmamente no quintal... Será? :) Beijo.
Algo diferente o distingue, o que é muito bom. Acompanho.
Nydia, obrigado pela visita. Viver o tempo de colher cada verso vale o poema. Às vezes penso também que quem nos colhe é o tempo do verso. Será? ;-)
Beijos.
Jefferson.
Muito agradecido pela leitura, Gerana. Seja sempre bem-vinda. Acompanho também o seu blog. Beijos.
Jefferson
Postar um comentário