A Rogel Samuel
quando a saliva resseca
com o sal da água do mar que escama,
a audição afasta a náusea,
pois rios e voos ecoam de lá
descem e ressoam entre pedras.
asas e águas perpassam
e falam arara ou araguaia.
o úmido na língua se deixa
aguando em doce de rio
engrandece plumas que reluzem
elas deságuam na boca
escorrem e não engasgam
passam ao vento como pôr do sol de janeiro
e brilham vermelho de lua entardecendo
aguadas araras e araguaias -
há um atraso na língua quando as diz,
pois tardam em suas tardes
amanhecem tardemente em vermelha arara
anoitecem azulantes na corrente da araguaia
4 comentários:
ESSE SEU POEMA É MUITO BOM, POIS FAZ A METAPOESIA TÃO CARA A TODOS NÓS...
SIM, MEU CARO! SÃO PALAVRAS QUE NOS ECOAM E QUE NO POEMA SE FAZEM E NOS FAZEM. POR ISSO, DEDICO O POEMA A VOCÊ. BOM QUE GOSTOU.
VIm ao seu blog para aplaudi-lo pelo seu excepcional trabalho poético, Jefferson Bessa
Só tenha a agradecer as suas palavras, Carlos!
O seu trabalho com poesia também merece aplausos.
Seja sempre bem-vindo,
Jefferson.
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