6 de jun. de 2012

ME DIZ QUE AMA SIM


Me diz que ama sim
Mas amar não mais o engana.
Me diz que ama certamente
Mas sem muita intensidade.
Meu caro, como assim
Me diz logo de cara com 
Meras e outras palavras que se
Mantém e ama sem nenhuma graça?

(Mal de gente que não bebe vinho, de 
Melindres suspeitos de quem vive
Mundos que na boca põe apenas
Meias palavras, meias línguas e meios beijos.
Miséria essa sem nenhuma sensação
Menta falsa de frescor fino de mausoléu.
Mestre, mestre de amor e de equívocos.
Me diz que de tudo já viu, já sonhou.
Me diz que ama sim
Mas quem acreditaria ao sentir essa
Mirra forte de igreja velha,
Mina desbotada de ouro velho,
Maneiras capengas de admiração,
Matusalém de sussurros determinados?)

Me venham amores que saibam beber
Mil luzes literais e musicais de voz
Mas sem as preocupações de ser
Meteoros ou constelações ou medos.
Minha calma e essa de um corpo
Mil carrancas afastarão sem ouvir esse
Muxoxo desdenhoso de amar.

2 comentários:

Teté M. Jorge disse...

Nem sei o que dizer... tem tanta verdade nesses versos...
Simplesmente amo sem artifícios...

Beijo carinhoso.

dade amorim disse...

Amor e fraqueza, amor e velhice não combinam muito bem. Mas há casos...

Abração, Jefferson.