Pele palavra
temperada
quente de lava
salobra
fria de água
Antes de sagrada
a palavra
amarga
ou amada
arrasta ou lisa
Grava olhos
lavra pele
lava mãos
leve ou pesa
da mente
passa
A silêncio
quando dita é
contradita
no extremo
da língua,
vira cravo
nos dentes
como fruto
na boca
A razão salga
açúcar
desterrada no céu
da boca.
revirada
jorra
fricativa e arranha
o risco dos píncaros
de pensar
No tato a palavra
sabe pó
e minério
revira esférica
revoa branda
sabe tudo
e nada
Nos pés
estala pedra
e erva
bate grave
recaída
na terra
Não diz nunca
não
3 comentários:
o que impressiona é o não dito
A razão salga, tempera o céu da palavra boca!
LINDO DEMAIS, Jefferson!
Beijos
Mirze
O tempero das palavras em versos seus... que mágico!
Beijo.
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