17 de fev. de 2012

QUEM TEM NAS MÃOS UM POEMA


quem tem nas mãos um poema
não segura um deus, é certo!
mas quem o tem aos olhos
não deve vê-lo como assistir tv

não o leia como comer biscoitos
no passatempo vazio de esquecer,
nem como quem para fingir a dor
ingere remédio de efeito efêmero

um poema faz esquecer de vez
depois de o ler é para sempre.
não se volta, não distrai a hora
do tédio de pensar no dia seguinte

a marca que se lê não se perde
mas lembra no momento de hoje.
o prazer que pode ler um verso
vem de comer na verdade da fome



6 comentários:

Amélia disse...

Gosto sempre de o ler, amigo!

Jefferson Bessa disse...

Amiga Amélia, obrigado!
Sempre bom receber a sua visita por aqui.

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

soa bonito, sonoro, a Joao Cabral, ter nas mãos um poema como esse

Jefferson Bessa disse...

Agradeço as suas mãos receptivas, CARO Rogel!
Grande Abraço.

Unknown disse...

Ter nas mãos um poema é saciar a sede de um mundo.

Belo, Jefferson!

Beijos

Mirze

Maria Azenha disse...

gosto muito, Amigo.
há muito que não passava por aqui...

Beijo,

maria azenha