quem tem nas mãos um poema
não segura um deus, é certo!
mas quem o tem aos olhos
não deve vê-lo como assistir tv
não o leia como comer biscoitos
no passatempo vazio de esquecer,
nem como quem para fingir a dor
ingere remédio de efeito efêmero
um poema faz esquecer de vez
depois de o ler é para sempre.
não se volta, não distrai a hora
do tédio de pensar no dia seguinte
a marca que se lê não se perde
mas lembra no momento de hoje.
o prazer que pode ler um verso
vem de comer na verdade da fome
6 comentários:
Gosto sempre de o ler, amigo!
Amiga Amélia, obrigado!
Sempre bom receber a sua visita por aqui.
soa bonito, sonoro, a Joao Cabral, ter nas mãos um poema como esse
Agradeço as suas mãos receptivas, CARO Rogel!
Grande Abraço.
Ter nas mãos um poema é saciar a sede de um mundo.
Belo, Jefferson!
Beijos
Mirze
gosto muito, Amigo.
há muito que não passava por aqui...
Beijo,
maria azenha
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