29 de fev. de 2012

ESQUINAS

a esquina da rua de cima
larga
e só,
esquina grande
mas só

do outro lado
a esquina da rua de baixo
curta, breve

uma era em medida
tão grande
como tão pequena
era aquela esquina
de baixo

mas há uma curva
em cada uma
uma curva sem mesura

a de cima
continua lá
estática
grande

mas a curva de baixo
a pequena
a de baixo
grande se vê:

sabemos da verdade
que deixamos na curva
da esquina
de baixo

verdade visível
grande
palpável
feita da mesma espessura
que se conhece o outro

feita do mesmo arco
que se desenha a mão
na grandeza de tocar

5 comentários:

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

esquinas poéticas palpáveis

Unknown disse...

Sem me incomodar com a geometria que é gerada em cada esquina, pequena, grande, fixei-me na curva do arco. Onde se quisermos, poedos tocar.

Maravilhoso!

Bravo, Jefferson!

Beijos

Mirze

Teté M. Jorge disse...

Que curva impressionante... a esquina dos versos...

Boa semana.
Beijo carinhoso.

dade amorim disse...

Interessantíssima essa análise poética das esquinas, Jefferson.

Um grande abraço.

Jefferson Bessa disse...

Olá Jefferson!


curvas de nível

superior [de arestas

bem vivas]


DE:lupussignatus signatus