eu
mal vejo
a cidade.
juntos mal andamos.
o astro de seus postes
não ilumina o noturno:
fraco é o olho da cidade.
e ainda que ela me desencontre
surgirá um olho em alguma esquina
(não o das portas do comércio que se abrem
não o olho da manhã serviçal dos ônibus
nem mesmo espere que este olho seja o meu)
espere que de uma esquina um dia se possa ver
um verso-olho reluzente pelo espaço vasto
pelas ruas se estenderá assim maior que um alexandrino
4 comentários:
Poeticamente lindo...
Um beijo carinhoso de FELIZ NATAL!!!
me lembro de uns versos... de uma pessoa... de uns olhos...
Jefferson!
Um poema tão perfeito e tão real!
Parece mesmo que o grande olho de OEWEL nos vigia!
Belo, belo!
Feliz ANO NOVO em novos encontros de poesia!
Beijos
Mirze
Jefferson,
Feliz ano novo. Feliz 2012! S.
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