25 de dez. de 2011

VERSO-OLHO RELUZENTE

eu
mal vejo
a cidade.
juntos mal andamos.
o astro de seus postes
não ilumina o noturno:
fraco é o olho da cidade.
e ainda que ela me desencontre
surgirá um olho em alguma esquina
(não o das portas do comércio que se abrem
não o olho da manhã serviçal dos ônibus
nem mesmo espere que este olho seja o meu)
espere que de uma esquina um dia se possa ver
um verso-olho reluzente pelo espaço vasto
pelas ruas se estenderá assim maior que um alexandrino

4 comentários:

Teté M. Jorge disse...

Poeticamente lindo...

Um beijo carinhoso de FELIZ NATAL!!!

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

me lembro de uns versos... de uma pessoa... de uns olhos...

Unknown disse...

Jefferson!

Um poema tão perfeito e tão real!

Parece mesmo que o grande olho de OEWEL nos vigia!

Belo, belo!

Feliz ANO NOVO em novos encontros de poesia!

Beijos

Mirze

spersivo disse...

Jefferson,
Feliz ano novo. Feliz 2012! S.