estive por inteiro num corpo
que não conhecia
era a primeira noite
lembro que a noite era
de muita chuva
e hoje me chovem as noites e os dias
jamais saberei quem foi este
tu que vieste
na presença de um sonho
de transpirar
quando acordei
pulsando e trêmulo
encharcava todo o quarto
e já deitado sobre
o lençol branco
sobre a terra estendido
respirei o odor branco de chuva
o cheiro de corpo molhado
do rosto com quem sonhei
vislumbro poucos traços
mas tenho sob a vista
sobre a cama
o instante do sonho
derretido em branco
6 comentários:
Sonho que nunca virá... dá uma angústia...
Beijo carinhoso.
forte compacto impressionante poema
EXCELENTE, Jefferson!
Esse instante do sonho que depois foge porque despertamos, me irrita profundamente.
às vezes tento dormir e sonhar o mesmo sonho. Impossível!
Lindo, perfeito!
Beijos
Mirze
Lindos teus poemas, rapaz! Cheios de intensidade...
Maíra, agradeço o comentário. Seja sempre bem-vinda ao blog. Abraço.
Jefferson
Nooooooossa! Bom pacas, Jeff! Só isso que consigo dizer!
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