12 de set. de 2011

ANTENAS



ser uma antena,
não a de casa
não a que cobre
grandes regiões

ser um satélite,
não o dos espaços
que vive o centro
como grande astro

com minhas mãos
tenho dez antenas
com minha língua
tenho apenas uma

com meus olhos
tenho duas antenas
como tenho duas
com meus mamilos

meu corpo acende
agora nesta hora:
meu dedo plugado
a um raio de sol

6 comentários:

Teté M. Jorge disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Teté M. Jorge disse...

Totalmente antenada nos versos...
Beijo carinhoso.

Unknown disse...

Fantástico, Jefferson!

Realmente, até na pela devemos possuir antenas que captam sentidos e sentimentos do mundo.

O tato, a audição e o sabor, são antenas, plugadas ao cosmo!

Lindo isto!

Adorei!

Beijos

Mirze

dade amorim disse...

Tão bonitas imagens, antenas poéticas.
Beijo, Jefferson.

Luiz Filho de Oliveira disse...

Que erotismo suave, hem, Jefferson? Estes versos são muito sugestivos mesmo: "meu dedo plugado/ a um raio de sol". Esse sol, a meu toque, deve ser a mesma a estrela que Bandeira tanto perseguia (a "perseguida"?). Valeu, poeta, pelo toque.

lupuscanissignatus disse...

na frequência

certa