31 de ago. de 2011

NU (nº 2)


não era o sono de quem dorme
mas o sono de quem me olhava

de olhos cerrados acenou-me
o corpo em relevo se deitava

meus olhos de repente não viam
eram mãos como areia molhada

em umidade os olhos escorregavam
delineando um gesto feito onda

nos traços do outro que agora sou
não apenas transpiro ao teu lado:

o meu corpo em rio repousou
na nudez de teu corpo deitado


8 comentários:

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

a sua poesia é original, vc não busca a facilidade, a beleza, mas a construção de sua própria estética

Unknown disse...

Fantástico, Jefferson!

Que construção maravilhosa que sublima ainda mais o poema!

Aplausos, poeta!

Beijos

Mirze

dade amorim disse...

Belíssimo, Jefferson, lindo mesmo.
Um beijo.

Teté M. Jorge disse...

Uns versos que deslizam facilmente... muito delicado...
Um beijo afetuoso.

Ianê Mello disse...

fluídico como as águas de um rio...lindo! Bjs.

lupuscanissignatus disse...

de contornos

apuradíssimos




*abraço,
Jefferson*

spersivo disse...

Lindissima! Vou me permitir colocá-la no Jornal Diz Persivo, meu poeta. Aquele abraço. S.

Jefferson Bessa disse...

Fique à vontade, amigo! Fico feliz pela publicação. Obrigado. Abraços.