26 de abr. de 2011

O SAL DO CORPO


vagarosamente
    seguir
    pelo estreito
      das fendas,
      dos braços,
        olhos,
        orelhas

banhar
        o pescoço
        e
descer
    ao dorso
      num risco leve
        de só ser
      úmido

esquecer-se
        no gosto
         de ser

aos poucos secar
  e evaporar
    ao dedo
  de teus
pés

passar pelo teu corpo
como uma
    derradeira
      gota
       d’
     água

9 comentários:

Anônimo disse...

Que leve esse poema, muito gostoso de ler!

Beijo.

jeferson luiz blog de poesias disse...

muito bom , MAS GOSTARIA QUE VC ME SEGUISE ,TNHO UM BLOG DE POEMAS NOVINHO ,MEU NOME É JEFERSON
OBRIGADO

Wilson Torres Nanini disse...

coleante como um rio em que só coubesse um corpo dentro.

Abraços!

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

seus versos passeiam passam pelo corpo pelo sal do corpo suado pelos pelos e curvas e fendas do corpo seus versos fazem - a corporificação mesmo do corpo, como uma gota ... uma derradeira gota de água>de semen>de amor.

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

publiquei outro poema seu no ARQUIVO PRECIOSO

lupuscanissignatus disse...

uma nuvem

de

prazer



*abraço,
Jefferson*

Unknown disse...

Muito BOM!

Teclar o corpo como se faz ao piano.
Só me tocou a "derradeira gota d'água". (sensação de ida, sem volta)

Beijos, poeta!

Mirze

Teté M. Jorge disse...

Ai, que delícia... uma sensação de frescor... mas não derrame a última gosta... faça-a durar eternamente...

Um beijo imenso!

Eliana Mora [El] disse...

um poema que se 'vê', como que a passear por nossos olhos e sentidos.

beijo,
Eliana