5 de set. de 2010

COMO QUEM NÃO QUER NADA

existe um corpo que pede
olha e cumprimenta.
solicita que não o pense,
se move e não induz o nosso
a ir ao que não se quer

convida como se não nos seguisse,
e quando nos aproximamos os corpos
já conhecemos um ao outro
numa plenitude que não se sabe.
nos encontramos todos os dias

sempre casualmente
feito belos animais que surgem
de repente na esquina
caminhando lentamente
como quem não quer nada

10 comentários:

ANGELICA LINS disse...

Espero que este corpo também faça sorrir.

Lindo texto Jefferson.

Anônimo disse...

Corpo que olha nos olhos, e tem olfato apurado.

Beijo, Bessa! Boa semana. =)

lupuscanissignatus disse...

movimento

in.
corpóreo



*abraço,
Jefferson*

Anônimo disse...

Que belo e alucinante poema!
Beijo

Teté M. Jorge disse...

No sonho ou na real... sempre se encontrando...

Beijos.

Ana Lucia Franco disse...

Jefferson, seria a sombra? O duplo? Curiosidades po éticas.

bj.

dade amorim disse...

A sabedoria do corpo não tem limites e tece poemas como esse.
Um beijo. Jefferson.

Gerana Damulakis disse...

O corpo sabe...
Gostei, concordei, li de novo, gostei mais ainda.

Zélia Guardiano disse...

Jefferson
Gostei muito de seu poema!
O corpo fala...
Abraço

Jonathan disse...

Nossa!!! Bem descritivo!!! Gostei mt!!!