30 de abr. de 2010

Duas versões para Alguidar


Escrevi duas versões para o poema Alguidar. Depois de escrever uma versão (a primeira na sequência da postagem), parti para a outra sem "desfazer" a anterior. Por fim, reli as duas
e pensei em postá-las no blog.
Abraços!


hoje preparei um alguidar
não sei o que traz dentro
julgam erro na medida dada
erro na espessura e na cor

mas se agora de uma só vez
depois da hora mais fácil
dissesse aos olhos planos
que a simetria, se houver,

remexe ainda e muito mais
no barro a que pus os dedos
nas mãos que hoje se erguem
frescas no lugar com a terra úmida

****

fiz um alguidar – não lembro quando
numa hora dessa qualquer
nem lembro se havia qualquer coisa dentro
mas sei que o julgaram errado na medida
desproporção na largura, no comprimento
as laterais não tinham a mesma altura
um lado era pouco mais elevado que o outro
a espessura e a cor variavam no todo.
mas se na vez de agora dissesse que a simetria
está no lugar das minhas mãos remexidas
da argila viva nos dedos que ainda úmidos
frescos o entregam assim molhados de terra
*foto retirada da net

3 comentários:

ANGELICA LINS disse...

Lindo Jefferson!
Adoro vir aqui, pois encontro sempre coisas belíssimas.
Abraço

Gerana Damulakis disse...

As 3 quadras dão, seguramente, mais estofo de poema. A razão está na forma que, de saída, leva o leitor a fazer uma leitura poética (digamos assim).

Jonathan disse...

Jeff!!!

Prefiro a segunda versão, ssrsrs
Não sei explicar bem, mas gosto, msm em poesia, do ritmo "natural" da língua! Não q o ritmo "poético" seja ruim ou imperfeito, mas prefiro isso no momento, srsrsr
Coisa doida, né?
Abraços!