23 de abr. de 2010

Caixa

ganhei uma caixa do presente
......E de pressentimento me cobriu

porque abri antes de mim

abri o que esperei de antemão
......Tudo o que soube é o que poderia ser

desperto em infinitos raios

dentro da caixa me embrulhei
......Esperei na antessala

nem mesmo soube caminhar

antes de mim desembrulhei
......Rasgando a sua matéria

mas estava sim me fechando nela

antes de mim abri a caixa

...... Me fechei de olhos

e espero de mãos vazias

8 comentários:

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

magnífico, Jefferson!

ANGELICA LINS disse...

Quero me embrulhar numa caixa assim...
Naravilhoso

Gerana Damulakis disse...

Jefferson: poeta não sou, mas um dia teci um poema também usando o simbolismo da caixa. Vc acabou dizendo melhor, pois poeta é.

Ryanny disse...

Que lindo!

É divino este teu poema.




Beijos,
Ry.

Canteiro Pessoal disse...

Jefferson, que delícia encontar seu recanto. Belíssimas partituras, que rasgando a minha pele e silencia-me numa oferta de salva de palmas.

Abraços

Priscila Cáliga

Canteiro Pessoal disse...

Jefferson, exatamente, a descida que desperta. Sou remetida: - Desperta tu que dormes! e...

"Se no dia te retratas,
a noite outro compõe;
quando ao dia te despes,
a noite te leva a pele;
e se no dia escureces,
orvalhas luzes na noite".

paz!

Priscila Cáliga

Iara Moura disse...

Eu adorei o espaço e já estou seguindo.Sempre me encanto com quem se dedica de alguma maneira a poesia. Isso mostra que não sou tão besta assim por escrever poesias como tantos pensam :D

Jonathan disse...

Jefferson,

Adorei: "Me fechei de olhos"!!!
É lindo tanto metaforicamente quanto
na sonoridade!!!
Mt bom!!!!