9 de fev. de 2010

largo de pele


em mim não se retém o medo
logo depois ando e sinto-o leve escoar.
não é a coragem que o faz ausente
e medo algum me desencoraja.
quantas vezes ameacei o medonho
e dava sobre ele marteladas de coragem.
quantas vezes busquei uma coragem
que acreditava estar no armário do medo.

mas o temor sinto e sozinho se esvai
sem os arredores da coragem admirada.
a bravura não corre pelos obstáculos
muito menos elimina o Mal
porque não se faz Bem, nem Força ou Morte.
se há alguma grandeza na coragem
digo do seu corpo grandioso e largo de pele
e por entre meus braços cresce ainda mais.

não enfrento o medo nem a coragem
nem o que escorrega do meio de seu peito
porque quando o poema se encoraja desliza
desce por mãos fortificadas, elevadas
do olhar dessas alturas de cair
sobre o rosto do beijo, da língua
dos dedos e cabelos
tudo assim erguido de corpo.

11 comentários:

Jefferson Bessa disse...

Fico muito agradecido pela seleção e feliz em participar do VejaBlog. Irei pegar o selo.

Um forte abraço.
Jefferson.

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

excelente premiaçao para um excelente poeta, cujos medos já têm medo de aparecer

Jefferson Bessa disse...

agradecido, amigo. melhor é saber que leu. grande abraço. Jefferson.

Gerana Damulakis disse...

Obrigada pela visita ao Leitora. Estou aqui, lendo, conhecendo os poemas e retribuindo a visita.

Jefferson Bessa disse...

Seja bem-vinda, Gerana! Abraços. Jefferson

Paulo Medeiros disse...

Parabéns pela premiação!
Abraço.

Jefferson Bessa disse...

Paulo, muito obrigado! abraços.

nydia bonetti disse...

Parabéns, Bessa! Mais que merecido o prêmio. Sempre tão bom te ler...

Abraço!

Jefferson Bessa disse...

Nydia, bom é saber que esteve por aqui. um abraço. Jefferson.

Jonathan disse...

Que poema maravilhoso, Jeff!!!
E parabéns pelo prêmio: q show!!!

Abraços!!!

Jefferson Bessa disse...

obrigado, Jon! fico muito grato pela leitura. abraços.

Jefferson.