1 de jan. de 2010

Aquário


toda coisa tem seu aquário
que a nado passa nessas águas.

contudo é de um azul encharcado
embaraçado entre algas.

confluência escorrida fluvial
na brecha aquariana de passar.

desce por um fio como rio
como braço estendido.

todo aquário nasce rachado
como o rio tem uma boca.

todo encontro é como enchente
para fora das suas águas.

Pintura retirada da net e sem créditos. Ela representa Aquário (décimo primeiro signo do zodíaco).

2 comentários:

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

seu belo poema enigma tem um aquário, uma brecha, por onde o hermeneuta pode entrar e decifrar o seu misterioso gozo. belo, muito profundo, não deixa o peixinho solitário. sou seu leitor

Memória transparente disse...

Gostei de ler o habitat poético deste aquário.
E como aquariana que sou...

Bom ano!

Beijo