6 de dez. de 2009

SALVAR



retirar-se do perigo
dos abismos
das doenças
dos dragões
nada tem a ver com salvar

livrar-se do maldito
dos cinismos
das crenças
dos ladrões
nada tem a ver com salvar

salvar é acariciar o indesejável
brincar no meio da rua
desejar todos os sexos
ou ainda
viver o remédio como
se vive a moléstia
comer a hóstia como
se bebe vinho
ou ainda
ser preto no branco
como sal entre areia escura

salvar é deixar em ruína
tudo que é seu tempo.
é deixar em silêncio
o som nos tímpanos





7 comentários:

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

» ser preto no branco
como sal entre areia escura» é de sal de gema seu Poema .
abraço
____________ JRMARTO

dade amorim disse...

Salvar é uma dimensão imprevista.

Beijo, Jefferson.

nydia bonetti disse...

Jefferson

Costumo dizer que só a poesia nos salva de nós mesmos. Embora seja nela que também nos perdemos...

Beijo!

lupuscanissignatus disse...

ser

caco


ser

inteiro


[num instante
para todo o
sempre]


um abraço,
Vítor

Jefferson Bessa disse...

Sempre grato aos amigos que por aqui passam...

Abraços

Jefferson

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

metafícia do publicar um poema

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

metafísica da publicação, salvar é