26 de dez. de 2009

nudez rasa

ficar na cama com o calor
e ter o corpo sem envergadura

arrastar todo meu rosto ao suor
na nudez rasa em seu desenho

fluir sempre devagar por entre braços
venerados na linha reta das curvas

estar alinhado como verso
entrelaçado em pernas volumosas

olhar a tarde em névoa quente
deixar-me escorrer por mãos

atentar ao corpo em pouco raciocínio
como simples calor a pele sente

4 comentários:

ROGEL DE SOUZA SAMUEL disse...

certamente este é o seu poema mais erótico, mas de uma eroticidade bela e planiciária, inserindo o corpo na paisagem da tarde de verão...

nydia bonetti disse...

Pele e poesia... Alinhado sentir. :)

Feliz 2010, Bessa! Que seja um ano de Paz, Alegrias e claro: muita muita Poesia!

Abraços!

Ianê Mello disse...

Bela imagem do ato de amor: sensual e sensível.

Abraços.

lupuscanissignatus disse...

os

de
graus

da

pele



*2010
inspirado
e
inspirador,
Jefferson*