1 de mai. de 2009

A chuva passou e fiquei

..
Dormi para criar.
Criar a mim também.

Em letargia inquieta
Escrevia com mãos
Mais trêmulas do que
A forte chuva rápida.

A chuva passou e
Fiquei repetitivo
Em gotas fantasmáticas
Impregnadas, firmes.

A chuva passou e
Fiquei detido ao som
Da chuva que acabou
Por inundar meu quarto.

A chuva passou e
Do que é transitório
Ficaram estas cordas
Na cama com meus sonhos.

Dormi para criar.
Criei dor de cabeça.
(Jefferson Bessa)

4 comentários:

Maria Azenha disse...

gosto muito deste poema.

beijo,

Jefferson Bessa disse...

Fico muito feliz pela sua leitura, poeta! Maria, você aqui será sempre bem-vinda. Obrigado.

Beijo.
Jefferson.

Memória transparente disse...

Jefferson, gostei da intimidade deste poema.

Obrigada!

Jefferson Bessa disse...

Maria Costa, fico feliz pela sua leitura. Seu blog está lindo!

Um abraço.
Jefferson.